Nem pense!
Não adianta inventar, nem tente...
Ao contrário, sente, sinta, acomode-se e lentamente comece...
Pegue a primeira pata, dê uma suave martelada, seguida de uma profunda sugada, pronto, lá foi o primeiro deleite...
Aceite e surpreenda-se com o sabor da massa (do caranguejo)...
Se quiseres mais, então, abra uma Devassa (Ruiva),
Combine os sabores, reúna os odores, compartilhe as sensações.
Não adianta resistir!
Nem queira, nem podes...
Não deves, não é permitido opor-se a um caranguejo ao toc-toc, pleno de sabor, inteiro e a seu dispor, acompanhado de uma Ruiva, uma Devassa dourada, gelada, permissiva, abusiva em suas possibilidades.
Aceite, receite, distribua, não rejeite, então aí vai a receita: pegue um, quem sabe dois, porque não seis caranguejos coloquem-os em uma panela profunda, junte água, não muita, acrescente o sal, bem pouco, acenda o fogo, deixe, esqueça-se, não te preocupes, pois em alguns minutos serás lembrado, aguçado, avisado de que o prazer vai começar.
O cheiro exala o sabor que está por vir.
Enquanto isso, já está no gelo a devassidão que te aguarda.
Para iniciar, no ato, faça um prato, coloque o arroz branco, o vinagrete rico em pimentinha verde, além do caldo de feijão, daí então, abra a primeira e...
Boa degustação!
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